Baby Charles em 2010

Você já reparou na trilha sonora do programa Fantástico da Globo? Não? Então repara. Não sei quem diabos é o cara responsável pelas músicas lá, mas ele constantemente coloca coisas boas como Pavement, Kings of Leon, Kaiser Chiefs, Kooks, Sonic Youth (pasmem, eu já ouvi!) e... Baby Charles.

É provável que você nunca tenha ouvido falar de Baby Charles. Sim. Primeiro, porque não é mainstream. Segundo, porque não é um grupo jovem (os instrumentistas, pelo contrário, são músicos rodados da noite londrina). Terceiro, porque não é indie rock (gênero da moda). Quarto, porque eles não fazem questão de lançar clipe, nem divulgar o trabalho via internet.

Fato é que esse grupo de Funk, originalmente formado em Brighton, lançou no ano de 2008 um dos discos mais fantásticos que ouvi durante minha estada em Londres. E como acabei descobrindo nos últimos meses em solo inglês, foi um dos discos que mais ouvi no ano de 2009 no Brasil, cometendo a injustiça de nunca ter comentado dele aqui no blog.


O disco é uma viagem sonora - uma pancada. É groovy, é dançante, é swingado..enfim, é funk, pô!

Já é difícil rotular bandas. Ainda mais grupos de funk, que já são escassos, mas imagine algo como a fase áurea de James Brown (sem os gritos histéricos) misturado com toda a potência do som do The Meters. Agora adicione a doçura das cordas vocais de uma típica musa negra, como Aretha Franklin. Acho que o resultado é Baby Charles.

Se você ficou curioso, baixe o disco aqui, espere alguns minutos e se prepare para ouvir coisas "deep funk" como as músicas Treading Water (#1), Invisible (#2), Life's Begun(#4) e Step On (#7). E se não bastassem essas pérolas escritas por Dionne Charles (a vocalista soul diva), a banda ainda traz uma versão smokey de I Bet You Look Good on the Dancefloor, dos conterrâneos ingleses Arctic Monkeys.

E, sinceramente, se você não gostar, é porque tem algo de errado com sua alma. Procure um psicológo (ou um psiquiatra, sei lá!), pois se um som desses não consegue mexer com você, é porque não é humano. E eu acho que não estou exagerando.

É realmente uma pena que o grupo não tenha o reconhecimento que merece, sendo um nome conhecido somente na cena funk inglesa (pequenos pubs pra esse estilo, a maioria no centro-sul de Londres) e na mídia especializada na França, Noruega e Espanha (e, talvez, no Brasil).


Enfim. Abre uma cerveja e curte aí, enquanto não chega o próximo disco da banda, anunciado por eles próprios para esse ano de 2010.

4 comentários:

  1. Cara..
    Baita CD mesmo hein?!
    Batera, baixo e percussão moendo o tempo todo!
    YEAH!

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  2. hauhauauha
    acabei de ver aqui o mal entendido dos e-mails.. que bosta! hauhau

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  3. Eu acho que o responsável é o Álvaro Pereira Júnior. Mas não tenho certeza. ;)

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