Berlin

Acordamos 08h30min com vários despertadores (meu, da Pri e do Rodolfo). Colocamos uma roupa e descemos pro café da manhã do Hostel umas 09h15min. Pão, salame, queijo, café, leite, salada de fruta, suco. Forramos o estôgamo e saímos do Hostel umas 10h fortemente agasalhados (máxima de 0 grau em Berlin, mínima de -4).

Mesmo com o frio intenso resolvemos andar, porque era um domingo de sol.

Caminhamos várias quadras até chegarmos em Alexanderplatz, centro da antiga Berlin Oriental. No caminho, me senti como se estivesse na Berlin dos anos 70. Prédios antigos, com uma arquitetura do leste..visivelmente você sabe que está no lado oriental (Eastern Bloc). Passamos pela Fernsehturm (tv tower), a famosa torre de TV (e segundo maior monumento da união européia) e comecamos a andar pela Alexanderplatz. Vimos a bela Neptunbrunnem, a estátua de Netuno, cercada por uma pista de patinacão, onde alegres criancas e famílias patinavam. Na praca central, rolava uma feira de inverno com diversas barracas vendendo quentão, chocolate, doces, salgados, tocas, objetos de decoracão.

Andamos mais algumas quadras até avistarmos um dos mais imponentes símbolos de Berlin, a Rotes Rathaus. A arquitetura impressiona muito pelos seus tijolos vermelhos e estilo renascentista (baseado nos italianos). A casa de governo hoje é lá, mas o que é louco mesmo é pensar que ali era o centro do governo soviético em Berlin.

Fomos andando pelas belas quadras do centro de Berlin até chegarmos no River Spree, rio que corta a cidade. De lá se vê todo o gigantismo da Deutscher Dom, ou Berlin Cathedral. Andamos pela beira do rio até chegarmos de frente com a catedral de Berlin. QUE CONSTRUCÃO! Olha, é nessas horas que você se sente realmente pequeno. Ao observar a riqueza de detalhes e a grandeza da catedral você só consegue sentir admiracão pelo trabalho humano. Tudo ali foi feito por mãos, mãos que poderiam bem ser minha e sua (não é pra tanto, mas pense no sentido poético disso).

Logo ao lado, a magnífica Konzerthaus. Uma casa de concerto de arquitetura esplêndida..essa vai ficar devendo a foto. Ou pelo menos você confere aqui no link. Ainda passamos pela Old National Gallery, onde eu dei alguns trocados prum sujeito que parecia russo tocando clássicos de Mozart num piano. O Vini disse que ele tava só fingindo (apertou aquele botão do teclado que toca sozinho), mas eu acredito que ele estava realmente tocando.

Entramos então na avenida mais massa de Berlin, a Unter den Linden. Ali, passamos pelos lindos prédios da Deutsche Historisches Museum e Neue Wache até chegarmos na Humboldt Universitat. Ali, passaram grandes como o filósofo pessimista Schopenhauer, o idealista Hegel, pensadores como Marx & Engels, o unificador Otto von Bismarck e a lenda da física, Albert Einsten.

Paramos então num café às 13h30min logo ao lado da universidade. Tomei um cappucino e uma fatia de bolo. Era só pra dar mais um pique na caminhada. Seguimos em frente e caminhamos até chegarmos no mais emblemático símbolo de Berlin, o Branderburg Gate. Momentos cruciais da história tiveram como plano de fundo esse monumento, como a invasão das tropas de Napoleão e o mais familiar para nós, nascidos na década de 80, a Queda do Muro.

Passamos pelo memorial aos judeus mortos, vários blocos de concreto espalhados em linhas que parecem desuniformes.

Andamos mais e mais, até chegarmos na exposicão Topographie des Terrors. Uma exposicão gratuita e classe A. No local, ainda está de pé parte do muro de Berlin e a exposicão mostra com dura realidade o quão cruel foram o regime nazista, a polícia secreta Gestapo e a Guerra Fria em Berlin.

Depois de ficarmos um bom tempo perto do velho muro admirando a exposicão fomos para o lendário Checkpoint Charlie, o sinistro portão que dividão Western Berlin e Eastern Berlin. Ali, soldados do exérxito americano autorizavam ou não a entrada de pessoas no bloco oriental. Ali, no Checkpoint Charlie milhares de pessoas se reuniram em Novembro de 1989, pegando pela última vez o visto para deixar o Western Side. Muito sinistro pensar que isso tudo aconteceu há menos de 20 anos.

Andamos então até Potsdamer Platz, hoje completamente reconstruída com altos e modernos prédios formando a Sony Center, mas que no passado foi completamente devastada pela guerra e depois, durante a Guerra Fria, considerada como território neutro e deixada à pó - nem o Western Bloc nem o Eastern Bloc exerciam o controle de Potsdamer Platz.

Já estava completamente escuro. 17h00 e nós estávamos varados de fome. Depois de rodar um monte dentro do Sony Center atrás de um restaurante, fomos parar numa feira de rua de Potsdamer lá pelas 18h e comemos pão com salsichão - o rango mais estiloso da Alemanha!

Depois pegamos o U-Bahn, finalmente pagando pelo ticket (e não é que ninguém veio conferir?), e entramos na linha U2. Depois de sete estacões descemos na porta do Hostel.

Viemos pro quarto, tomamos banho e pá...exaustos...andamos muito por Berlin e amanhã vamos completar a cidade conhecendo só mais um pedacinho de cidade que faltou conhecer - a ponta oeste.

Depois do banho desci no bar com a Pri e o Vini e tomei uma cerveja alemã. Depois pedi uma local, Berliner, e vim pro quarto pra tomar comendo pão com salsicha (pedi 4 pra levar lá na feira, tava barato - € 2,50).

Comi, bebi, dormi. Acordei 23h e comecei a escrever sobre os últimos dois dias. Me gastou quase uma hora e meia. Mas valeu a pena. Pude compartilhar o quão excitante esses dias foram, e posso te falar que os próximos serão ainda mais loucos! Amanhã pegamos o trem pra Praga, na República Checa.

Prometo que escrevo de lá.

See Ya!

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