Fogo cruzado: Reitoria (Rodas) x FDUSP (Magalhães)


Dê uma boa olhada na foto acima. Não sei se é possível visualizar com clareza, mas no pátio das Arcadas (Largo São Francisco), registrado pelas lentes de JB Neto, há uma faixa com a seguinte mensagem: "Rodas persona non grata". Explico: João Grandino Rodas é o Reitor da Universidade de São Paulo desde 2009, quando foi escolhido pelo governador José Serra, apesar de ter sido o segundo mais votado pelo Conselho Universitário. Até assumir o cargo, Rodas era Diretor da Faculdade de Direito e ficou conhecido por autorizar a tropa de choque  da Polícia Militar para retirada de estudantes e manifestantes num protesto pela educação pública em 2007.

O homem ao centro, discursando para a "comunidade franciscana", é Antônio Magalhães Gomes Filho, atual Diretor da Faculdade de Direito. Na noite de ontem, ele e mais seis professores assinaram uma nota de repúdio e fizeram uma manifestação contra o atual Reitor, que vem utilizando de circulares internos oficiais (boletins da USP) para fazer críticas à atual gestão. Desde segunda-feira, as duas autoridades têm se confrontado através de declarações e publicações oficiais. O bate-rebate culminou no ato público de ontem, que deflagrou o estado de crise entre a Faculdade de Direito e a Reitoria da Universidade de São Paulo.

Para entender o que está acontecendo, recomendo a leitura de uma série de matérias publicadas pelo Estadão. Eis o roteiro espetacular midiático (troca de farpas): (i) Reitor da USP ataca 'caça às bruxas' e Faculdade de Direito reage (26/09), (ii) 'A reitoria estava nos engabelando', diz diretor da Faculdade de Direito (26/09), (iii) Em novo ataque à Faculdade de Direito da USP, reitor critica 'paralisia interna' (28/09), (iv) Diretor da São Francisco divulga documento contra reitor da USP (29/09), Manifestação de repúdio é inédita, diz diretor (29/09).

Enquanto isso, os alunos permanecem no meio do fogo cruzando, com suas caixas de e-mail repletas de mensagens tanto da Diretoria da Faculdade quanto da Reitoria da Universidade.

Qual será o desfecho desta crise?

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