Até que ponto o sexo está enredado nas estratégias de poder? Essa é, em si, uma questão foucaultiana.
Eliane Rose Maio, da Universidade Estadual de Maringá, fez uma interessante pesquisa de doutorado sobre repressão e sexualidade infantil e publicou, como resultado do estudo, um divertido livro chamado "O nome da coisa".
Recentemente, Eliane foi ao Programa do Jô e concedeu uma "entrevista do caralho" - como comentou um rapaz no YouTube - explicando alguns dos mil nomes inventados para pênis, vulva e masturbação e de que forma esse fenômeno empírico está ligado com a repressão da sexualidade infantil, tema amplamente debatido entre os sexólogos.
Confira aí a entrevista da docente maringaense. Obviamente, a conversa gira mais em torno dos risíveis nomes que são dados aos órgãos sexuais do que em torno de possíveis discussões sérias sobre a sexualidade (A implantação das perversões é um efeito-instrumento? É através do isolamento, da intensificação e da consolidação das sexualidades periféricas que as relações do poder com o sexo e o prazer se ramificam e multiplicam, medem o corpo e penetram nas condutas?). Mesmo assim, vale a pena ver.
Que peninha eu não ter conhecido na UEM a Eliane Rose Maio. Mas, amei a entrevista com o Jô. A questão de genero é triste mesmo, enquanto os homens e mulheres nomeiam para os membros masculinos palavras afirmativas e imponentes, ja para o da mulher são na maioria das vezes diminutivos e oprimidos. No entanto, a entrevista oportuniza a reflexão necessária para a liberdade feminina e masculina. Afinal, também se aprisiona quem oprime.Parabéns a Eliane por trazer esse tema a tona, parabéns a vc por postar. bjs
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