Qual é o caso policial mais famoso de Maringá? Nos últimos anos, não há dúvidas se o quesito for comoção popular. Trata-se do caso Natanael Bufalo, condenado a 43 anos de prisão pelos diversos crimes cometidos contra uma garota de 10 anos (estupro, homicídio triplamente qualificado, vilipêndio e ocultação de cadáver) na pacata Cidade Canção.
Mas há casos no passado sombrio de Maringá que passaram despercebidos pela opinião pública e que não são tão populares assim. Um deles é o assassinato de Clodimar Pedrosa Lô, torturado e assinado pela polícia em novembro de 1967, após ser acusado injustamente de furtar um cliente no Palace Hotel, em Maringá.
O esclarecimento deste caso paradigmático de tortura e morte (que desencadeou uma série de investigações sobre o abuso de força exercido pela polícia local) é fruto de uma pesquisa bem elaborada do historiador Miguel Fernando, que lançou ontem (22/11) o livro Sala dos Suplícios: Dossiê do caso Clodimar Pedrosa Lô.
O livro conta em detalhes como se deu o assassinato de Clodimar Lô (que tinha apenas 15 anos de idade na época) e como seu pai, vindo do Ceará, vingou a morte do filho ao assassinar o homem que o acusou injustamente, o gerente Atílio Farris. O livro descreve também o julgamento do caso e a absolvição do pai de Clodimar.
Em razão da extensão do processo de investigação histórica, Miguel Fernando decidiu fazer um filme/documentário sobre o caso Clodimar, que está em fase final de produção. O filme, narrado a partir da perspectiva do jovem Clodimar, traz o depoimento de treze pessoas: Oésio de Araújo Pedrosa (tio de Clodimar), o advogado Eli Diniz, Olinda Rosa dos Santos (prima de Clodimar), os jornalistas Messias Mendes e Walter Popp, o historiador João Laercio Lopes Leal, o coronel Antonio Tadeu Rodrigues, Manoel Ramos Toscano de Brito, Amilkar Souza Pedrosa (primo de Clodimar), Shirley Pedrosa Moscardi , Silvio Gonzaga de Souza (funcionário do Pálace Hotel) e Oscar Bastista de Oliveira (testemunha do assassinato de Atílio Farris).
O trailer foi lançado essa semana e mostra uma produção cinematográfica madura, que traz um excelente registro histórico sobre o contexto social das primeiras décadas de Maringá.
É aguardar para ver! O filme será exibido, segundo os produtores, em Março de 2011.
Parabéns aos envolvidos!
Eai Rafa, tudo bem?
ResponderExcluirPrimeiramente, parabéns pelo mestrado. Nao te vi nos ultimos tempos, entao nao pude dizer pessoalmente..
Quanto ao livro e ao filme, que otima idéia nao? Um caso tao importante e que hoje, ao que me parece, so é lembrado como perfumaria em aulas de história no cursinho. Voce sabe onde posso encontrar o livro pra comprar?
Valeu, beijo
Quel
boa noite,
ResponderExcluirsou maringaense, mas desde 2002 moro em uberaba, mg - por incrivel que pareça hoje estava conversando com minha esposa que é daqui mesmo, e logico nem imaginava a respeito deste caso. Tenho 51 anos, e tenho uma lembrança muito grande ainda sobre este caso que abalou esta cidade tão hospitaleira que é Maringá, que por sinal amo demais. Bem, quero parabenizar o idealizador desta obra e solicitar por gentileza, onde posso comprar o livro e tambem o filme.
grande abraço
julio
Moro em Ribeirão Preto e sou maringaense. Conheço esta história desde minha infância. Lamentável pensar que algo terrível assim tenha ocorrido. Pior ainda é saber coisas assim ainda hoje ocorram.
ResponderExcluirSou Paulista, hoje morador de Itajai-SC, mas morei em maringa de 2000 a 2007 e conheci essa historia atraves de uma amiga, que em particular dizia ter visoes de pessoas mortas e poder conversar com elas, dificil de acreditar mas ao irmos no enterro de um conhecido, paramos em frente ao tumulo do clodimar e ela dizia que o mesmo estava ali sentada e conversou com ela. na epoca nao acreditei, mas apos isso outros relatos feito por essa amiga se tonrnavam verdades.
ResponderExcluirO clodimar era primo da minha avó paterna.....muito tristeeeee😑
ResponderExcluirTortura e seguido de morte ocorreu em 1967,mas a vingança do pai do Clódimar ocorreu na década de 1970. Eu era adolescente e me lembro que foi muito repercutido em um programa de rádio na época, na extinta Rádio Atalaia, o titulo do programa chamava "Aconteceu", era estilo Rádio novela. Eu ouvi o programa, foi cruel, triste e comportamento covarde dos policiais. Não se tem muitas noticias de que fim levaram esses policiais.
ResponderExcluirInfelizmente o pai do Clodimar agiu da mesma forma que os policias. Assassinou um homem inocente e ficou impune. Os verdadeiros culpados pela morte do jovem rapaz foram os policiais, que covardemente fugiram. O gerente do hotel fez o que qualquer funcionário faria, chamou a polícia e prestou queixa. Não foi ele quem torturou e assassinou o Clodimar. O pai do garoto deveria ter sido preso, afinal assassinou um homem, que estava indefeso e não colocava em risco a vida de ninguém.
ResponderExcluirO gerente do hotel que o pai de clodimar matou nem era tão inocente assim, o hóspede do hotel que afirmou ter sido roubado chegou a pedir para o gerente retirar a queixa mas ele se negou.
ExcluirNasci em Maringá,qdo este fato aconteceu eu tinha um ano,mas minha mãe contava perfeitamente como aconteceu,ela é umas da pioneira da cidade,e qdo era dia de finados ,me lembro como seu túmulo ficava cheio de velas e flores ,e corria um líquido vermelho por cima ,e até hoje eu não intendo o q seria,mas eram gente visitando
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