Acho fascinante a forma com que pensa Slavoj Žižek (ou, pra facilitar, de acordo com a escrita portuguesa, Zizek - filósofo esloveno já apresentado neste blog).
A cada dia, encontro mais e mais referências a Zizek em textos críticos no Direito. A discussão sobre ideologia deste autor é essencial para abrirmos os olhos, ou melhor, analisarmos os fatos de outro ângulo, modificando a apreensão do objeto (visão em paralaxe).
Eu também não vejo o mundo com ingenuidade. Sei que "eles sabem o que fazem" - eles, os grupos de interesses que controlam a produção, o mercado financeiro, a regulação jurídica, as comunicações, a massificação da cultura, a reorganização do Estado - enfim, o "Big Brother" (Orwell) ainda fragmentado em diversos grupos transnacionais.
Neste aspecto, também sou um pouco paranóico. Mas uma paranóia saudável, que insiste em combater a mediocridade denunciada por José Ingenieros em Buenos Aires (através de sua intensa obra El Hombre Mediocre, que me marcou quando li há seis anos).
A filosofia é um caminho para a humildade (eis que, paradoxalmente, quanto mais se conhece, menos se sabe), mas também traz a angústia do viver.
Mas não vou fugir do assunto com minhas divagações. Voltemos a Zizek.
Abaixo, compartilho o interessante documentário legendado sobre o pensador, que encontrei no blog do Juiz de Direito de Santa Catarina, Prof. Alexandre Morais da Rosa.
Melhor que ver Faustão/Fantástico.
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