Mercedes Sosa

Caramba. Só fiquei sabendo agora, e ainda mais pelo twitter do Roberto Requião (não me pergunte porquê), que a Mercedes Sosa morreu ontem.

Que coisa. Não que isso mude em algum grau as nossas vidas, mas ela foi um dos grandes nomes do folk sul-americano. E também um dos grandes nomes da música mundial, principalmente nas décadas de 70 e 80. Isso é um grande feito em meio à dominação americana e inglesa da música global.




Sosa gravou com Caetano Veloso em seu último álbum, de 2001, e foi a mais brilhante intérprete da poesia argentina e sul-americana. Considerando ainda seu ativismo político, ela foi tipo uma Joan Baez da América do Sul, com traços claramente indígenas. Cantava com muita emoção.

Lembro de ter considerado a hipótese de ir a um show seu em Londres, em Julho do ano passado, após ler no London Paper que tocaria no Ingi02 Arena. Numa conversa com meu pai por telefone, comentei:
"- Vai ter show da Mercedes Sosa amanhã, to pensando em ir. Mas tá meio caro!"
Desisti de ir. A grana estava curta. Queria mais ver outras bandas tocarem.

Depois li no The Guardian que o show tinha sido muito bom, ganhando quatro estrelas na classificação do jornal, coisa que os ingleses adoram fazer.

Pois é. Perdi uma oportunidade que nunca mais terei.


A vida é assim.

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