Arranca o couro cabeludo
Arranca caspa, arranca tudo
Deixa entrar sol nesse porão
Em qualquer dia por acaso
Desfaz-se o nó, rompe-se o vaso
E surge a luz da inspiração
Deixa seus anjos e demônios
Tudo está mesmo é nos neurônios
Num jeito interno de pressão
Talvez se possa, como ajuda
Ter uma amante manteúda
Ou um animal de estimação
Pega a palavra, pega e come
Não interessa se algum nome
Possa te dar indigestão
O que se conta e se aproveita
É se a linguagem já vem feita
Com sua chave e seu chavão
A porta se abre é de repente
Como se no ermo do presente
Se ouvisse a voz da multidão
E o que tem força, o que acontece
É como um dia que estivesse
Sem calendário ou previsão
Fica à espera, de tocaia
Talvez um dia a casa caia
E fique tudo ao rés-do-chão
Fica a fumaça no cachimbo
Fica a semente no limão
Fica o poema no seu limbo
E na palavra um palavrão
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Mais lidos no mês
-
Qual é o caso policial mais famoso de Maringá? Nos últimos anos, não há dúvidas se o quesito for comoção popular. Trata-se do caso Natanael ...
-
Max Weber é um autor extremamente atual para as ciências sociais e para o direito. Maurício Tragtenberg, na introdução à edição brasilei...
-
"Princípio 1: Não critique, não condene, não se queixe. Se eu e você quisermos evitar amanhã um ressentimento que poderá prolongar-se p...
-
Semana passada fiquei sabendo que um dos meus primeiros amigos em Maringá, Diego Pavan, que conheci na quarta série do Colégio Marista em 19...
-
Olá, Antonio. Esta é mais uma daquelas cartas que escrevo em seu aniversário. É uma espécie de tradição simples, eu sei, mas continuo insi...
-
Carros com materiais alternativos como fibra? Veículos a baixo custo, resistentes, que possam rodar na estrada e na rua? Carros que não util...
Nenhum comentário:
Postar um comentário