Tem som mais redondinho do que esse CD-debut (2005) do The Magic Numbers?
Como disse meu irmão, é o som perfeito pra você tomar um refrigerante, uma tubaína, sei lá. São melodias tão bem feitas, tão especiais pela simplicidade!
As músicas, apesar de quase todas terem um tom melódico triste, utilizarem notas menores e terem letras que te umedecem a vista (pros mais amanteigados), te deixam com um sorriso esboçado no rosto. Talvez pela beleza da música, o triste também é belo. Para alguns, mais belo.
Eles foram espertos na escolha da ordem das músicas. A terceira faixa The Mule é uma música foda.
Ela parece inofensiva no começo, uma baladinha de fim de relacionamento. Mas a música vai crescendo, ganhando um tom cada vez mais triste. Quando a música acaba você já desistiu da sua tubaína que você abriu quando tava ouvindo a primeira música e já quer tomar alguma coisa bem pesada, como um whiskey escocês (one more drink and I'll be fine / one more drink to take you out of my mind). Mas daí já vem a quarta música, num ritmo bem animado - Long Legs. A guitarrinha maneira já te ganha de cara e você volta a tomar aquela tubaína infantil!
Animado, a quinta música acaba e começa Wich way to Happy. Outro tombo! Apesar da palavra happy no título, é uma das mais tristes do álbum. Melhor manter aquela garrafa de whiskey um pouco distante! Depois, I See, You See Me. Que vocal lindo. E aquele clipe, que gracioso, não? - da mulher que sai beijando as pessoas de surpresa.
Todas as músicas são dignas de um comentário, mas não vou ficar aqui me expressando sobre as mesmas. Love is a game vale pelo mérito de ser um single radiofônico. Porque as rádios não tocam um pouco de Magic Numbers, não? Eu penso que é o que é bom e pode ser compartilhado, deve ser compartilhado! A internet nos proporciona isso, não é? Cara, no âmbito musical é uma revolução em tanto. Eu acho que nós não percebemos o tamanho da mudança que a internet e o MP3 causaram.
Olha só, sendo bem elucidativo: hoje a tarde fui à BomLivro MegaStore com a Priscila. Eu tinha um dinheiro que havia ganhado de aniversário e podia escolhar algo para me presentear. Pô, na hora pensei em comprar um CD! Em 1999 eu e meu irmão juntavamos nosso dinheirinho suado para comprar um CD do Metallica, do Rage Against The Machine, de algo que ouvíamos na época. Hoje, de frente com aquela sessão animal "Alternativo" fiquei maravilhado, mas de todos os álbuns que peguei na mão eu logo pensava: "hum, vou levar esse!" eu já pensava: "Ah, pra quê gastar trintão, dá pra baixar tranquilo no RapidShare e gravar num CD".
Vontade mesmo só deu de comprar algum livro.
Foi efêmera, pensei na sequência: "quem sabe não rola um e-book?"
É. Os donos de gravadoras devem ter saudades daqueles velhos tempos. O direito, a legislação, apesar de serem classificados como mutáveis, constantemente sendo atualizados, estão longe longe longe das mudanças tecnológicas a todo vapor. Ah todo vapor, não! Isso é do tempo da era atômica! Agora vivemos na era virtual! São mudanças a todo bit! Se não há legislação ou controle sobre fenômenos como o Napster, imagine agora com YouTube, RapidShare e tantos outros.
É algo a se pensar.
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