A Tragédia Grega de um Herói da Classe Operária

Hoje, 09 de Outubro, John Winston Lennon completaria setenta anos de idade, caso estivesse vivo. Infelizmente, não está. Todos nós sabemos o que ocorreu: o genial compositor de Liverpool - o cara que criou os Beatles e fez algumas das melhores canções do século passado - foi morto, aos quarenta anos de idade em Dezembro de 1980, por Mark Chapman (um perturbado fã), em New York, quando estava num dos melhores momentos de sua vida: reconciliado com seu passado, com a sociedade, com Yoko e com sua nova fase musical, após uma pausa de cinco anos na música. Seu último álbum foi o belo Double Fantasy, lançado um mês antes de sua morte.

É difícil escrever alguma coisa sobre esse homem tão fascinante. A idéia inicial deste post não era a de explicar quem foi Lennon ou detalhar precisamente sua história, desde os subúrbios de Liverpool até o inexplicável sucesso dos Beatles mundo afora, mas apenas refletir sobre John. Não é hora de falar dos Beatles, mas sim dele, deste sujeito que teve tantas fases (o garoto rock n' roll, o músico rebelde, o alucinado da contra-cultura, o barbudão crítico, o revolucionário, o pacifista, o pai, etc.) e mudou a história.

Afinal, o que Lennon nos deixou? Qual é seu legado?


Todos os dias, quando acordo e vou a cozinha tomar um café, topo com John Lennon na sala de estar. Trata-se de um imenso quadro de Lennon, um cara que já conheci morto, idolatrado, apenas um símbolo de ideais. Não sei porque, mas olho pra John e digo: "você faz falta, cara!".

Como é possível? Como é possível sentir falta de alguém que você nunca conheceu?

O mais próximo que estive de John foi de sua estátua, em Matthew Street, Liverpool.


Lennon representa a resistência da classe operária, que realiza seus próprios sonhos. Acho que, em linhas gerais, é isso.

Gostaria de escrever mais, mas tenho que ir.

Deixo uma mensagem de John para nós, pessoas comuns:

Bem, você faz o seu sonho. Essa é a história dos Beatles, não? É o que estou dizendo agora. Faça seu próprio sonho. Se você quer salvar o Peru, vá até lá e salve o Peru. É bem possível fazer qualquer coisa, mas não coloque seu sonho na mão dos líderes. Não espere que Jimmy Carter ou Ronald Reagan ou John Lennon ou Yoko Ono ou Bob Dylan ou Jesus Cristo venham e realizem seu sonho por você. Você tem que fazer isso sozinho. Isso é o que os grandes mestres dizem desde o início do mundo. Eles podem apontar o caminho, deixar pistas e pequenas instruções em vários livros que hoje são chamados de 'sagrados' seomente pela capa e não pelas suas idéias. As instruções estão todas aí. Não há nada de novo sob o sol. Todas as estradas levam a Roma. E as pessoas não podem te levar. Eu não posso te fazer acordar. Você tem que acordar sozinho. Eu não posso te curar. Você pode se curar.

Um comentário:

  1. Não podemos deixar que a mensagem de John Lennon também morra! Se puder visite o nosso blog e deixe seu comentário.
    http://absintomuitorock.blogspot.com/

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