Caramba, que cena estranha. Hoje, ao sair do prédio pra ativar a água e a luz na casa nova lá na Rua Lazurita, vi uma jovem loira de cabelos curtos, bem arrumada, de joelhos, olhando estarrecida para o chão ao seu redor enquanto juntava alguns Long Plays espalhados pelo chão e guardava alguns em sua mochila, do lado de um container de lixo azul.
Foi muito rápido, nada entendi. Estava saindo de carro.
Agora há pouco voltei para o prédio. Estacionei o carro. Desci, me aproximei da baderna de LPs quebrados e espalhados por toda a calçada e pela rua. Um desperdício! Vinis quebrados (talvez de propósito pela mulecada do bairro) e muitas capas espalhadas por todo o chão. Passei a recolher as capas e os discos e juntar num lugar só...tinha Supertramp, New Kids On The Block, Vangelis, Batman Soundtrack, Richard Claydman, só sonzera anos 80, mas nada que valesse a pena pegar e guardar.
Acho que a guria loira que eu vi com cara de espanto foi mais sagaz e guardou os Long Plays raros e em bom estado de conservação.
Mas a pergunta que fica é: porque diabos alguém jogaria LPs na rua? No lixo assim? Porque não levou num Sebo e vendeu? Porque não trocou por livros, CDs? É uma brutalidade jogar um disco de vinil na rua assim. Sacanagem com os Long Plays!
Essa cena me deixou com uma música na cabeça. É duma banda gaúcha chamada Pública. Podem me chamar do que quiser, mas eu gosto muito dessa música.
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