Analisando a minha nova vida nesse segundo semestre de 2007, cheguei a uma conclusão otimista. Ela está ótima. Acho quer ter saído do Estágio foi uma das melhores coisas que aconteceram esse ano. (Até o momento). Saio do aula, como no R.U. (e olha que dei uma puta sorte de pegar frango xadrez na sexta, strogonoff na segunda e uma bistecona abalizada hoje - quinta), tomo um café e vou para a Biblioteca procurar alguns livros jurídicos e outras obras que sempre martelavam na cabeça, como uma obrigação moral de ler.
Numa dessas tardes na Biblioteca, lendo Fábio Coelho (Direito Comercial), me deparei com uma frase mais ou menos assim "tal fato provocaria uma situação kafkiana no plano jurídico..". E na hora martelou na minha cabeça: KAFKA! Kafka..como eu tinha deixado de lado esses anos todos esse autor. Como!? Corri na hora para o computador da biblioteca e encontrei apenas METAMORFOSE para emprestar. Não hesitei. Peguei o livro, larguei o Direito Comercial e fui pra casa ler.
Numa dessas tardes na Biblioteca, lendo Fábio Coelho (Direito Comercial), me deparei com uma frase mais ou menos assim "tal fato provocaria uma situação kafkiana no plano jurídico..". E na hora martelou na minha cabeça: KAFKA! Kafka..como eu tinha deixado de lado esses anos todos esse autor. Como!? Corri na hora para o computador da biblioteca e encontrei apenas METAMORFOSE para emprestar. Não hesitei. Peguei o livro, larguei o Direito Comercial e fui pra casa ler.
Realmente, kafkiano é sinômino de agustiante, nauseante. A leitura de Metamorfose é sofrida. Imaginar Gregor Samsa (um alienado caixeiro-viajante) como uma nojenta barata enorme, sofrendo para levantar da própria cama e conseguir abrir a porta te deixa num estado perturbado. São mais de 20 páginas, que me lembre, só pra conseguir esse feito. Bom, em 3 leituras o livro foi pro pau, de tão massa que é. Hoje passei na biblioteca e peguei O PROCESSO. Deve ser obra-prima. Daqui a pouco vou me adentrar nesse universo e depois dou meu parecer sobre o livro.
Bom..pra você ver, né..o que o tempo livre te proporciona. Uma amplitude cultural, sem dúvidas. E só depende de você desligar a televisão e correr atrás. Ou melhor! Nem desligar a televisão, como ocorreu hoje. Bastou mudar de canal.
Eu estava cansado de ver aquelas tranqueiras na televisão e coloquei na TV Cultura. Tava passando um programa chamado Metrópole, que discute música, cinema, pintura. E numa dessas começou uma reportagem sobre FELA KUTI. O som do cara já quase pirou minha cabeça. Música africana, misturada com funk e jazz! ÁFRICA + FUNK + JAZZ! Do caralho! O cara canta e toca Sax duma forma incrível. E outra, ele é admirado por James Brown, Miles Davis e outros feras. Não é fácil encontrar alguem admirado por James Brown e Miles Davis. Bom, o documentário mostrou a vida de Fela Kuti e sua luta social contra a corrupção do governo nigeriano (ele é nigeriano), mostrou sua tentativa de se candidatar à presidência da Nigéria - o que foi impedido. E a bruta invasão de mais de 1.000 soldados à sua casa. Os caras espacanram o Fela e bateram até na mãe dele. Bom, faz 10 anos que Fela morreu, mas sua música continua presente.
Sem zueira, se puder, baixe. Procure a comunidade Fela Kuti no Orkut, ou o blog de música negra www.radiotransistor.blogspot.com . Vale a pena.
Bom, é isso.
Depois eu volto com mais tempo pra escrever sobre a greve da UEM, que foi adiada pra Outubro (o indicativo de greve) e as mudanças do movimento estudantil na Universidade.
Mas fica a dica: Leia Franz Kafka. Ouça Fela Kuti. Se não conhece, tá perdendo tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário