"A tomada de consciência crítica nos permitiu, no Brasil, perceber, independentemente de posições ideológicas, as profundas injustiçar sociais que entranham a atual estrutura agrária do país, e a enorme perda de recursos humanos e de potencial de riqueza para o país que é a manutenção dessa estrutura. Nada é tão específico de nosso processo atual como essa consciência de que o esforço de desenvolvimento é também uma luta pela reconstrução social. Os fatores que entravam a manifestação plena das forças promotoras do desenvolvimento econômico do país são os mesmos que mantêm grande parte de sua população submetida a um regime semifeudal que esteriliza o melhor de sua capacidade criadora".
Celso Furtado, em discurso de agradecimento à Fundação Ovídio Gimenez (Buenos Aires), há exatos 48 anos (10/06/1963). No mesmo mês, Furtado seria afastado do Ministério do Planejamento do governo João Goulart e, no ano seguinte, exilado pelo Golpe Militar.
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