Meus amigos, não se deixem enganar. Beto Richa, Requião, José Richa, Reinhold Stephanes, Rocha Loures, Joel Malucelli, Alexandre Khury, Paulo Pimentel, Gleisi Hoffmann, Ney Leprevost, Fernando Ribas Carli Filho, Álvaro Dias, Osmar Dias, Ricardo Barros, Silvio Barros, Abelardo Luiz Lupion Mello, Gustavo Fruet, são TODOS membros de famílias ricas e tradicionais de nosso Estado, ou seja, são representantes legítimos do patrimonialismo político paranaense.
Esqueça esse papo furado eleitoral. Antes de escolher seu voto, leia esse incrível artigo do sociológo Ricardo Oliveira, da Universidade Federal do Paraná. Nele, Oliveira analisa as redes sociais e de parentesco que se tramam em torno do poder (ramificações, algumas, de mais de trezentos anos).
Como bem coloca o sociológo, "a riqueza e o poder no Brasil existem em função da conciliação de interesses dominantes em termos de um processo político de longa duração, processo esse definido basicamente pela conciliação entre os poderosos".
A pesquisa corrobora a tese de Raymundo Faoro de que no Brasil há uma continuidade das estruturas de poder ao longo dos processos históricos pelo qual passou o país, sem ruptura com o patrimonialismo político das famílias tradicionais. Como observa Oliveira, "a chegada ao poder do primeiro Presidente da República de origem operária e a situação do Partido dos Trabalhadores alçado ao poder não significaram uma alteração profunda nos mecanismos de poder e de dominação tradicionais no Brasil".
De fato, nada mudou.
Leia abaixo (se tiver um bom tempo disponível) a poderosa obra do jurista Raymundo Faoro e entenda um pouco mais sobre a história e sobre a política brasileira.
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