Maringá Rock N' Roll

Estou impressionado com a minha cidade. De verdade. Nunca vi Maringá tão rock como nesse mês de Junho. E olha que estamos vivendo um momento terrível na cultura de massa. Está deplorável o nível cultural do maringaense em termos musicais. Um grande laboratório para as minhas análises é a própria Universidade Estadual de Maringá. Não dá pra acreditar naquelas festas universitárias...é muita música ruim.

De qualquer forma, a cidade emplacou um "Festival da Cultura", o chamado Junho do Rock, com shows da banda Vanguart (que rolou quinta-feira), Nervoso e os Calmantes e Charme Chulo (pra mim, melhor banda paranaense). Além dessas bandas de fora, tem shows da Inimitável Fábrica de Jipes, Nevilton (que é de Umuarama, pertinho daqui), Betty by Alone, Tiny Cables Ink e Hospital Doors.

Não sei ao certo quem está por trás do Junho do Rock, mas pelo que andei sondando é coisa do Flávio da Sonic Flower Club, com algumas parcerias. Meus parabéns, Flávio.

É importante ressaltar que Maringá só está com esse bom nível de shows e bandas por causa das pessoas que movimentam a cidade. Eu bato palma pro Flávio da Sonic, pro pessoal do programa Garagem, pro Thiago Espora de Galo, pros podcasts maringaenses, pros blogueiros, pras bandas, pro Credencial, pra todos. Afinal, uma cidade não é nada mais do que terra e concreto. As pessoas são a cidade. As pessoas.

É uma pena que o Renan está em Caiobá. É triste. Eu sinto que estaríamos produzindo muito aqui em Maringá se ele estivesse por aqui, seja com o Frank, seja com o próprio samba-rock dessa nova fase do Nanan.

Agora, Maringá precisa de mais bares pro rock. Houve um tempo em que Maringá oferecia 4 bares com banda numa mesma noite. O que se vê hoje em dia é falta de estímulo pras bandas locais no quesito local pra tocar. Pode ser mera impressão minha, mas eu sinto isso.

É...perdi o show do Vanguart por causa de grana. Eu queria mesmo era ser bem rico pra curtir todas as bandas desse mês único em Maringá! HAHAHA!

Mas é isso aí...é muito bom saber que mesmo numa cidade tão caipirona (e quero deixar claro que admiro muito a cultura caipira, mas me dá ânsia esse lance agro-boy fútil pra cacete) como Maringá, existem pessoas correndo atrás da arte. Porque música feita com corpo e alma é arte. E não falo só de rock. Existem modas de viola, ou canções sertanejas com mais profundidade que centenas de músicas do indie rock. O que não pode acontecer é uma banalização da música. Fazer música pra vender. Criar qualquer refrão pegajoso e fácil e rodar 20 vezes num dia nessas rádios da cidade. E isso vai existir sempre. Cabe a nós fazer a nossa parte pra criar um cenário alternativo a essa massificação cultural pelo capital.

Um comentário:

  1. cara, sinto que precisamos sentar em algum lugar e tomar uma.
    tá pobre né. eu também. mas eu separo uns 10 mangos aqui. dá um toque pra favela. beijocas!

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