tag:blogger.com,1999:blog-7948242800198496134.post956744443425368265..comments2023-12-02T01:21:34.185-03:00Comments on e-mancipação: Ativismo de espírito: de Hermano Vianna a Constantin NoicaRafael A. F. Zanattahttp://www.blogger.com/profile/00134526393445294143noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-7948242800198496134.post-36895287010951155522014-03-26T12:53:14.785-03:002014-03-26T12:53:14.785-03:00Ao terminar de lê-lo tive vontade de sair correndo...Ao terminar de lê-lo tive vontade de sair correndo para livraria e conseguir o livro do Noica. A literatura alimenta os que anseiam, a ação nutre a alma. Sem ação a alma adoece....Para mim, só existe esquerda porque existe ativismo de espirito.Marciahttps://www.blogger.com/profile/06663600860080596567noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7948242800198496134.post-65325554144665488882014-03-14T18:36:27.810-03:002014-03-14T18:36:27.810-03:00[A Pedagogia de Constantin Noica]
Em que consisti...[A Pedagogia de Constantin Noica]<br /><br />Em que consistia a pedagogia de Noica? Em primeiro lugar, ela exigia certa proficiência técnica. Ele oferecia a qualquer jovem que declarasse amar a filosofia 10 lições introdutórias de grego antigo e os instava a aprender alemão e ler “cem importantes interpretações”. Participei, por exemplo, de seminários sobre Platão (com ênfase especial nos diálogos aporéticos da primeira fase), sobre Hegel e de algumas discussões sobre Plotino e Descartes. Daí seguiu-se uma vívida troca de ideias sobre nossos próprios projetos de pesquisa e sobre alguns dos projetos do professor. Mas, para além de todos os exercícios técnicos (cuja importância é difícil de ser apreendida por quem não tenha uma noção exata da pobreza do contexto), a pedagogia de Noica era uma forma de treinar o espírito para a atividade cultural, desencorajada pela pobreza das condições de vida e de trabalho oferecidas pela sociedade comunista. “Descobrireis que os limites interiores são mais difíceis de transpor do que os exteriores” – era uma de suas fórmulas favoritas. Ou “Não presteis atenção às circunstâncias imediatas. Considerai a história pura meteorologia: não mudeis vosso destino e vossas ideias dependendo do clima. A história precisa de cavalos. Peço-vos que sejais cavalos de corrida”. Quando indagado por que nunca pensou em emigrar, ele elaborava um longo discurso sobre o júbilo do limite assumido, sobre a insuficiência enriquecedora em oposição à plenitude empobrecedora.<br /><br />Prefiro viver num país onde tudo ainda está por fazer a viver num país em que as grandes aventuras do espírito já foram realizadas. O que eu faria se fosse para a Europa Ocidental? Não encontraria nenhum espaço a menos que dirigisse minha atenção a algum obscuro comentador de Aristóteles, a algum texto apócrifo, a algum fragmento incerto. Aqui posso tranquilamente ocupar-me com o próprio Aristóteles. O tempo do “alexandrinismo” ainda está distante. Regozijemo-nos no frescor do “arcaico” e não esqueçamos – sob a influência de uma deficiência real – a experiência privilegiada do possível.<br />http://esbocoserascunhos.blogspot.com.br/2013/12/vida-intelectual-sob-ditadura_18.htmlWilliam C. Cruzhttps://www.blogger.com/profile/00353962394793370166noreply@blogger.com